sábado, 23 de maio de 2015

Imagem da semana II


Princesa Isabel do Brasil, conhecida como a Redentora, assinou a Lei Áurea em 13 de Maio de 1888, abolindo a escravidão.




Os noivos Luis XV da França e Mariana Vitoria de Bourbon

Em 1715, acontece algo trágico, morre aos 77 anos, o rei Luís XIV.Com esse falecimento terminam-se os 72 anos de reinado de um rei absolutista que iniciou um período prospero no reino.Com isso seu bisneto subiu ao trono devido a morte de seu avo e de seu pai. Agora o reino tem um novo monarca, Luís XV.

Retrato de Luís XV, por Hyacinthe Rigaud, em 1715. Perceba seu tamanho e seu rosto infantil.

Mas Luís não passava de uma criança, por isso o governo estava nas mãos do duque Felipe II de Orleans. Enquanto isso Luís se preparava para se tornar rei, mas também para se casar.
Acontece que o pequeno monarca tinha saúde fraca, por isso era melhor casa-lo o mais rápido possível. A escolhida foi a infanta Mariana Vitoria de Bourbon y Farnésio, filha de Felipe V da Espanha e sua segunda esposa Isabel Farnésio. A intenção desse casamento era simples, como Felipe era tio de Luís, duque de Borgonha, pai falecido da rei francês, ele era o segundo na linha de sucessão ao trono da França e então, esse casamento tinha a intenção de fazer Felipe V abdicar sua posição de sucessor ao trono francês na condição do rei da França se casar com a infanta, alem de gerar herdeiros para o trono.
A escolha era perfeita, eles eram primos de primeiro grau (naquela época, isso não era problema), ela era uma princesa da Espanha que tinha um bom dote e ele um monarca de um reino que estava em um período de prosperidade devido as politicas do reinado anterior. Mas havia um único problema, ela era 8 anos mais nova.

Mariana Vitoria de Bourbon y Farnésio, infanta da Espanha, por Nicolas de Largillierre, foi no período em que estava na França.


Quando ela tinha 6 anos de idade, ele já tinha 14 anos e continuava com uma saudê fraca, por isso era necessário uma consorte mais velha e que pudesse ter muitos filhos para o reino, os chamados filhos da França. Então, o Duque de Bourbon que também era Príncipe de Condé e Primeiro Ministro, Luis Henrique de Bourbon, foi influenciado por sua amante,Jeanne Agnes Berthelot de Pleneuf, Marquesa de Prie a escolher outra esposa para ele.
A intenção da ambiciosa mulher era escolher uma soberana que tivesse um berço real e ao mesmo tempo pudesse ser governada. Havia outro motivo para que fosse escolhida outra noiva e esse pode ser compreendido, enquanto Luís XV não tivesse filhos não haveria paz.
Luis Henrique de Bourbon-Condé, principe de Condé, duque de Bourbon , primeiro ministro da França e regente de 1723 a 1723, por pintor desconhecido.
Estamos viajando em uma época em havia epidemias de doenças que hoje estão quase instintas. O próprio rei sobreviveu quase que por milagre de uma epidemia de varíola que matou seu pai Luís, duque de Borgonha e depois Delfim da França, sua mãe Maria Adelaide de Sabóia e seu irmão  de mesmo nome. Seu segundo irmão se tornou Delfim, mas morreu no mesmo ano e foi a vez do nosso Luís se tornar herdeiro e por causa dessas mortes ele podia ter chances maiores de morrer.
Casso ele morresse o trono seria disputado pelo pai da Infanta, o rei da Espanha Felipe V e o Duque de Orleans Felipe II e talvez Carlos, Duque de Berry e irmão caçula do falecido Luís de Borgonha e do rei espanhol.
Logo depois o pequeno rei teve febre, com isso surgiu a luta por uma nova candidata a noiva.
Começaram, então, a fazer a lista de escolhidas e devolver a infanta espanhola, o que com certeza não alegrou nem um pouco a rainha Isabel Farnésio, mãe de Mariana Vitoria e dona de uma ambição de dar um reino para cada filho (viajaremos depois para a Espanha dos primeiros Bourbons para vermos isso). A pequena lista tinha mais de 100 nomes, logo saíram 44 que não tinham a menor chance e de pouco em pouco sobraram 4, 2 eram caçulas do Duque de Bourbon, o espertinho tentaria rechaçar as outras concorrentes.
Jeanne Agnes Berthelot de Pleneuf, marquesa de Prie, por Jean Baptiste van Loo.
A primeira seria Elizabeth Petrovina Romanova, filha do czar Pedro I, o Grande e da czarina Catarina I. Qualquer bom politico da época iria aceitar na hora esse casamento se ele for francês, a Rússia era uma potencia absolutista empatada com a França e esse consorcio seria maravilhoso, mas o danado do primeiro-ministro e sua amante iriam desqualifica-la pelo fato da czarina ter concebido a jovem quando era amante do falecido czar e também servente dele, não importava se ela era agora uma czarina reinante que se casou com o czar, com isso ela saiu da lista. Essa mesma menina desqualificada iria se tornar Elizabeth I da Rússia.
A outra era da Ana,princesa real da Gra-Bretanha, foi mais fácil desqualifica-la, pois o rei George II não aceitaria que a filha se convertesse ao catolicismo. Ela seria princesa consorte de Orange, um titulo equivalente hoje em dia ao mesmo que rainha consorte da Holanda.
Assim sobraram apenas as suas candidatas. A escolhida foi Elizabeth Alexandrina de Gex, Mademoiselle de Vermandois que tinha fama de ser muito bonita.
O duque, viúvo e sem filhos, queria se casar com Maria Leczinska, filha de Estanislau I da Polônia cujo o trono foi conseguido com o apoio de Carlos XII da Suécia e perdeu o trono quando esse perdeu uma batalha para Pedro I, o Grande (pai de da candidata Elizabeth).
A menina de 22 anos foi retrata e seu quadro foi levado para o duque. Quando a Marquesa de Prie viu  a pintura se alegrou muito, ela não era muito bonita e nem muito inteligente, mas era piedosa e fácil de se controlar, era perfeita para o rei.
E assim a princesa de um rei deposto de um reino que sem duvida não era uma potencia deixou a pequena corte improvisada da Alemanha (que naquela época era na verdade Sacro Império Romano-Germânico) para se tornar uma inesperada rainha da França.
Maria Leczinska, já rainha da França, não encontrei o pintor.

Agora voltemos para Marina Vitoria a infanta negada. De acordo com Elizabeth Charlotte do Palatinado, mãe do regente Felipe II de Orleans (o mesmo que poderia ter se tornado rei da França caso o rei morresse) a menina era a coisa mais linda de todas, era inteligente, bonita e graciosa, todos a adoravam, exceto o próprio noivo, pelo que parece ele a odiava ou pelo menos a evitava, parece que ele não gosta de crianças.
Talvez nunca iremos saber sobre a convivência dos dois, mas sabemos que ao voltar a Espanha sua mãe não iria aceita que sua filha não fosse consorte de algum reino. Ela acabaria participando da Troca de Princesas e assim, se casaria com o futuro rei José I de Portugal e seria mãe da rainha Maria I, a Louca. Ao mesmo tempo, se casou Maria Barbara de Bragança, também da Troca de Princesas com o futuro rei da Espanha, Fernando VI, meio-irmão da infanta.
Ela foi Regente quando seu marido esteve doente e também  na morte deste devido a minoridade de sua filha. Ela nunca teve varões.
Tratava-se de uma mulher instruída que tinha grande capacidade, mas que era nova demais para um rei mais velho e sem saúde. Podemos ver aqui a complexidade dos casamentos entre reis, agora podemos nos aprofundar nas amantes nas próximas postagens e em outros períodos da historia, obviamente.

Retrato duplo de Luís XV e da infanta Mariana Vitoria, por Alexis Simon Belle, apesar do rei evita- la, eles tiveram que fazer vários retratos juntos por pura imagética.















sábado, 16 de maio de 2015

Imagem da semana I

Sei que esta muito cedo para isso, mas não aguento de tanta ansiedade.
Vou colocar uma imagem por semana nesse blog, seja de grandes pessoas ou desconhecidos da  historia.

Isabel de angouleme,rainha consorte da Inglaterra através de seu primeiro casamento com o rei João da Inglaterra, conhecido como João Sem Terra e mãe do rei Henrique III.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Periodos Historicos

Para entendermos melhor a historia, precisamos saber sobre os períodos históricos. Eles são determinados por fatos que modificaram o modo de agir e pensar das pessoas,mas claro que esse processo havia se iniciado a muito tempo, porem  certos acontecimentos foram considerados por historiadores como marco inicial para certas eras e final para outras.Veremos agora esses períodos lembrando que alguns historiadores não aceitam essas divisões ou os eventos que iniciaram ou terminaram com eles:


Pré-historia

Esse período envolve varias fases,mas não e historia. Nessa época os seres humanos começaram a se evoluir, eles começou a plantar, viverem em sociedades e a criarem civilização.
Esse período tem grande importância, porque o ser humano estava tirando de si suas conexões com o selvagem e embarcando para um desenvolvimento que faria com que a especie fizesse coisas fantásticas no futuro e transformasse a paisagem a sua volta.
A pré-historia não faz parte da historia,pois esta colocada em outra matéria,a partir do momento em que os anos são contados, a historia começa.
Teve seu fim com o inicio da escrita,agora os anos são contados(a.C e d.C) e pode-se ter dados para estudar os fatos e acontecimentos.Estamos agora na historia.

Antiguidade

Esse e um período onde surgem as grandes civilizações, temos primeiro o Egito com seus faraós, depois surge a Mesopotâmia, Grécia, Roma, Núbia, etc. Surgem os monarcas, as cidades-estado e as religiões.O Cristianismo,o Judaísmo,o Budismo e o Islamismo foram as principais religiões que se espalharam pelo mundo antigo,mas haviam outras.
Nesse momento o mundo estava se transformando aos poucos no que conhecemos hoje.Mas nossa viagem por esse período esta acabando,já saímos do surgimento dessa época (a invenção da escrita) em  4ooo a.C e vamos para 476 d.C onde a queda de roma mudou os rumos da historia.

Idade media

Esse período de quase um milênio surgiu com a queda da roma do ocidente pelos bárbaros Godos,em 476 d.C. Sem mais Roma para proteger as pessoas das invasões, os povos que antes haviam sido conquistado pelo Império Romano começaram a trabalhar como servos em grandes fazendas denominadas feudos.
Os feudos pertenciam a nobres que moravam nesse lugar com suas famílias, eles não precisavam trabalhar neles, pois tinham quem fizesse isso para eles.
A religião estava em seu apogeu,principalmente na Europa, ali o Cristianismo estava dominando em todos os lados e o Papa chegava a mandar mais que os reis e podia formar exércitos para estabelecer o poder.
Seu fim ficou em desenvolvimento durante o Renascimento que visava a racionalidade, mas muitos historiadores consideram seu fim de fato em 1453 quando a cidade de Constantinopla foi invadida pelos turcos-otomanos.Nesse momento, o comercio entre Europa e Asia entra em declínio. 
A partir de agora iremos explorar um mundo que esta chegando perto do que hoje ele e, pois sem mais a Asia para comercializar, a Europa precisa de novos compradores e novas matérias-primas e com isso o Brasil entra no meio dessa historia com o surgimento das Grandes Navegações.

Idade Moderna

Chegamos, meus caros, ao apogeu da monarquia europeia. Surgem monarcas celebres como Elizabeth I, Luís XIV, Maria Teresa I, Carlos II e Catarina II ( falarei deles futuramente) e muitos outros monarcas.
A França estava em seu auge de poder na dinastia dos Bourbons e conseguia manter seu absolutismo e como todos os países, ela possuía colonias na América.
Período de colonização, absolutismo e enormes guerras dinásticas, era a épocas onde a burguesia e a nobreza começou seus conflitos, eles terminariam na Revolução Francesa quando os burgueses da França se unissem com os plebeus e destituíssem Luís XVI do poder, iniciando o declínio da monarquia e dos nobres em 1789.

Idade Contemporanea

Enfim,chegamos. Estamos de volta em nossa época, mas para chegamos em nosso tempo exato precisamos continuar com a viagem.
Apos a Revolução Francesa, o mundo todo começa a seguir o exemplo da burguesia e os países americanos que ainda eram colonias começam a se separarem das monarquias europeias e tomam as rédeas de seus próprios países.
O Reino Unido começa a espalhar a Revolução Industrial que se iniciou antes da Revolução Francesa. Agora, a burguesia deixou de ser amiga dos pobre a se tornou seu inimigo voraz como hoje continua sendo.
Muitos fatos cercaram essa época como as duas Guerras Mundiais e o fim de varias monarquias e chegamos em nossa época, a Terceira Revolução Industrial, podemos não saber o que vira, mas agora sabemos o que se foi e que sem isso na historia da humanidade não seriamos o que somos hoje









quinta-feira, 14 de maio de 2015

Afinal,quem e Ana Julia?

  Ola, sou Ana Julia , mas prefiro que me chamem de Marquesa de Andira,tenho 15 anos e adoro historia,por isso fiz esse blog com o objetivo de mostrar as pessoas como essa materia pode ser interessante e ensinar mais a aqueles que gostam de historia.Me perdoem por minha falta de acentuaçao nas palavras,pois meu computador esta com um problema no teclado,mas tentarei escrever o mais formal que conseguir.
  Estudo no Colegio SESI em Bandeirantes e esse blog foi resultado de uma aula de Projetos de Aprendizagem que pediu que todos fizessem um blog.Estou ansiosa para fazer minhas primeiras postagens e comeco aqui com uma poesia medieval A Bela Dama Sem Piedade do artista medieval Sir John Keats:

A Bela Dama Sem Piedade

John Keats
(1795--1821)

Oh! O que pode estar perturbando você, Cavaleiro em armas,
John KeatsSozinho, pálido e vagarosamente passando?
As sebes tem secado às margens do lago,
John KeatsE nenhum pássaro canta.

Oh! O que pode estar perturbando você, Cavaleiro em armas?
KeatsSua face mostra sofrimento e dor.
A toca do esquilo está farta,
KeatsE a colheita está feita.

Eu vejo uma flor em sua fronte,
John KeatsÚmida de angústia e de febril orvalho,
E em sua face uma rosa sem brilho e frescor
John KeatsRapidamente desvanescendo também.


Eu encontrei uma dama nos campos,
PoesiaTão linda... uma jovem fada,
Seu cabelo era longo e seus passos tão leves,
PoesiaE selvagens eram seus olhos.

Eu fiz uma guirlanda para sua cabeça,
PoesiaE braceletes também, e perfumes em volta;
Ela olhou para mim como se amasse,
PoesiaE suspirou docemente.

Eu a coloquei sobre meu cavalo e segui,
PoesiaE nada mais vi durante todo o dia,
Pelos caminhos ela me abraçou, e cantava
PoesiaUma canção de fadas.

Ela encontrou para mim raízes de doce alívio,
Poesiamel selvagem e orvalho da manhã,
E em uma estranha linguagem ela disse...
Poesia"Verdadeiramente eu te amo."

Ela me levou para sua caverna de fada,
PoesiaE lá ela chorou e soluçou dolorosamente,
E lá eu fechei seus selvagens olhos
PoesiaCom quatro beijos.

Ela ela cantou docemente para que eu dormisse
PoesiaE lá eu sonhei...Ah! tão sofridamente!
O último dos sonhos que eu sempre sonhei
PoesiaNesta fria borda da colina.

Eu vi pálidos reis e também príncipes,
PoesiaPálidos guerreiros, de uma mortal palidez todos eles eram;
Eles gritaram..."A Bela Dama sem Piedade
PoesiaTem você escravizado!"

Eu vi seus lábios famintos e sombrios,
PoesiaAbertos em horríveis avisos,
E eu acordei e me encontrei aqui,
PoesiaNesta fria borda da colina.

E este é o motivo pelo qual permaneço aqui
PoesiaSozinho e vagarosamente passando,
Descuidadamente através das sebes às margens do lago,
PoesiaE nenhum pássaro canta.




Tradução: Izabella Drumond