terça-feira, 7 de julho de 2015

imagens de Maria Amalia, duquesa de Parma

 Essa postagem, eu dedico para mostrar imagens da arquiduquesa Maria Amália da Áustria,irmã mais velha das rainhas Maria Carolina, rainha de Nápoles e Sicília e Maria Antonieta, rainha da França decapitada na Revolução Francesa, irei escrever sobre ela na próxima postagem, pois estou ocupada escrevendo um livro de poesia, meu primeiro livro.
  Maria Amália foi a oitava dos 16 filhos de Maria Teresa I, arquiduquesa reinante da Áustria, Rainha da Hungria e Boemia e de Francisco I, duque de Lorena e Toscana e Sacro Imperador Romano-Germânico. Ela queria se casar com o príncipe Carlos de Zweibrücken pelo qual era apaixonada, mas sua mãe  não permitiu que se casassem pelo fato de não ser nobre o suficiente para uma arquiduquesa da Áustria e princesa da Hungria e Boemia, alem de princesa ducal de Lorena e Toscana. Com isso foi obrigada a se casar com alguem mais nobre, foi noiva do herdeiro do trono de Nápoles e Sicília, Fernando de Bourbon (futuro Fernando I de Nápoles e Sicília) depois da morte de sua duas irmãs mais novas que eram ex-noivas dele. Mas como era oito anos mais velha, foi escolhida Maria Carolina e ela se casou com Fernando, duque de Parma.
  Ela foi uma amante da pintura e participou ativamente da politica parmesiana. Veja as pinturas e ilustrações que separei. Como as vezes algumas identificaçoes de retratos são erradas, escrevam nos comentários caso percebam algo errado.
  Obs: As pinturas não estão em ordem cronologia.
Maria Amália ainda arquiduquesa da Áustria, por Martin van Meytens.

Maria Amália, duquesa de Parma, por Filippo Lucci.

Marai Amália da Áustria, por Joseph Ducreaux, em 1769.

Da esquerda para direta: as arquiduquesas irmãs Maria Josefa como Euterpe, Maria Elizabeth como uma das Cárites, Maria Amália como Apolo e Maria Carolina como Erato na performance Pernaso, por Johan Franz Greipel.

Detalhe da pintura Pernaso em que Maraia Amália interpreta Apolo.

Maria Amália a direita em companhia de seus Fernando e Maria Josefa, por Martin van Meytens.

A família ducal de Parma: Maria Amália com o seu filho Luís no colo, sua filha princesa Carolina de Parma ao lado e seu esposo Fernando I.

Maria Amália, por Johan Zoffany.

Maria Amália, por um pintor desconhecido.

Maria Amália, por Carlo Angelo del Verme.

A família de Maria Amália, por Guiseppe Bettoli.

A arquiduquesa Maria Amália na infância, por pintor desconhecido.

Maria Amália, por Alexandre Roslin.

Ilustração de Fernando I de Parma e Maria Amália da Áustria.

Maria Amália na velhice como duquesa mãe, por Johan Zoffany.

Maria Amália, duquesa de Parma, Guastalla e Placencia, por Johann Gottfried Auerbach.

   Essas são as muitas pinturas dessa mulher que ficou ofuscada por suas irmãs .

Veremos mais sobre ela, mas não espere novas pinturas, porque eu não sei se ela tem mais.












sábado, 4 de julho de 2015

A esquecida Natalia Alexeievna Romanova.

Natália Alexeievna por Alexandre Roslin.


 Nascida Guilhermina de Hesse-Darmstadt, ela sempre foi uma esquecida da historia, o que mais impressiona é que ela quase foi uma czarina consorte, mas foi impedida por sua vida curta. Mas mesmo assim teve grande prestigio na corte da Rússia imperial e uma vida cheia de luxo e brilho. 
  Quinta filha do conde Luís IX de Hesse-Darmstadt e sua esposa Carolina do Palatinado-Zweibrücken, seu nome completo era Guilhermina Luísa de Hesse-Darmstadt. A princesa do condado nasceu em 25 de junho de 1755.
  Sua infância é pouco conhecida e também a sua adolescencia, mas é provável que tenha tido uma infância calma e tranquila, alem de uma educação normal para uma princesa. Afinal de contas, esperavam-se que ela se casasse com um nobre importante. Essa esperança dos pais de alto escalão era totalmente normal naquela época, eles não tinham a mesma mentalidade de que a prole deve escolher o própria conjugue, e por isso era usado, as vezes, de maneira quase desalmada, destruindo a felicidade dos filhos e dos netos. Então ela era mais um fantoche da família para aumentar a influencia e poder do condado, algo que todas as filhas de nobres eram.

Provável retrato de Natália ainda princesa Guilhermina de Hesse-Darmstadt.


  Sua mãe era uma mulher extremamente inteligente. Carolina recebia visitas de Goethe, Herder e Wieland, alem de muitos outros intelectuais de sua época, graças a isso ficou conhecida como a Grande Landegravina, título dado a algumas princesas de ducados, marquesados e condados germânicos independentes, Guilhermina também era uma landegravina. Outro de seus apelidos era de Rainha da Europa,algo que mostra o nível de seu esplendor intelectual e sua magnificencia como uma mulher politica.
  Com uma mãe dessas era impossível não ser uma menina prendada e inteligente. Ela e seus irmãos mais velhos Carolina, Frederica( futura rainha da Prússia), Luís (futuro conde Luís X de Hesse-Darmstadt, mais futuramente grão-duque Luís I de Hesse-Darmstadt) e Amália, assim também como os seus irmãos mais novos Luísa, Frederico e Cristiano viveram em um lugar cheio de ideias liberais e com o brilho das artes e literaturas de uma corte influenciada pelos maiores artistas da época.
  Ela era boa em danças e sabia falar e escrever, alem do alemão que era sua língua natal, o francês. Mas também tinha o caráter da mulher politica de sua mãe, uma mente excelente, mas um temperamento e natureza fortíssimos.
  Em 1773, a czarina Catarina II, cognominada a Grande, decidiu convidar a condessa e sua três filhas solteiras, Amália, Guilhermina e Luísa para visitarem a Rússia e no final uma seria escolhida para se casar com o czarevich Paulo (título do herdeiro do czar). Nesse momento uma delas teria a honra de ser a czarevna e viver na corte mais luxuosa da Europa, alem se tornar futuramente a próxima czarina consorte da Rússia e mãe do herdeiro e futuro czar.

Carolina de Zweibrucken, condessa de Hesse-Darmstadt, por Antoine Pesne.
  
  Elas embarcaram para Rússia da czarina Catrina II, a Grande esperando encantar o czarevich. Foi nesse momento que Guilhermina conheceu o melhor amigo de Paulo, o conde Andrei Razumovsky que ficou muito interessado por ela. E ela retribuiu os olhares e logo perdeu o interesse em se casar com o príncipe, mas não totalmente, pois havia o brilho da corte russa que poderia desfrutar casada com o herdeiro.
  Como uma estranhissima obra do destino, ela cativou rapidamente ao czarevich que a escolheu como sua consorte em meio as outras. Em 29 de setembro de 1773, eles se casaram com toda a pompa em São Petersburgo. Ela mudou sua religião protestante para a ortodoxia e com isso mudou seu nome, agora era Natália Alexeievna Romanova, czarevna da Rússia.
   A jovem era animada, bonita, borbulhante e ambiciosa, queria tornar seu marido o novo czar, posto que ele tinha direito desde a morte de seu pai em 1762, rumores de um complô contra Catarina II começaram a surgir, algo que não agradava o esposo que apesar de odiar a mãe,não queria usurpar o trono. Nesse mesmo tempo seu casamento estava indo de mal a pior, apesar de seu esposo ama-la incondicionalmente e fazer tudo que ela mandava, ela não o amava. Acredita-se que talvez houvesse uma certa amizade entre eles pela parte dela, mas logo houve uma completa desilusão e ela começou a perceber que ele era uma homem fraco e despreparado para governar um reino enorme. Foi a partir desse momento que começou seu relacionamento amoroso com o conde Andrei, o mesmo que encontrou no navio. O caso tinha o conhecimento publico, mas Paulo parecia não saber ou pelo menos fingia não saber.
Retrato de Paulo, ainda czarevich, por 


  Quanto a czarina, a situação não podia ter sido pior, inicialmente elas eram amigas, mas depois veio a inveja e a visão de que a jovem czarevna não era pura e inocente quanto o imaginado e a prova disso era o próprio Andrei que tinha um relacionamento quase publico com ela. Outro problema era a sua rebeldia, não queria falar russo, apenas francês e alemão, alem de querer se aparecer mais que a própria rainha. Para resolver esse problema, Catarina II iria mandar suas damas inspecionarem as vestimentas de Natália Alexeievna antes de cada festa para que não sejam mais ricas e luxuosas que as dela.
 Mas o que mais a irritava eram as ideias liberais de Natália, entre eles os direitos dos camponeses, isso era algo que a czarina nunca fez e evitava fazer, para ela não era necessário melhorar a vida dos trabalhadores russos, pois tudo estava bem para eles, uma ilusão que ficou na mente dos czares por mais um seculo e meio. Esse seu gosto pela politica que herdou de sua mãe, a Grande Landegravina, foi uma arma mortal para a sua vida na conservadora corte de Catarina II. A própria czarina iria dizer que ela "ama extremos em todas as coisas" . Essas rixa intestinas iriam fazer com que Paulo se afastasse do lado politico dela.
  Amante da poesia francesa e do teatro, continuava com seu amante muito mais inteligente que seu esposo apaixonado. Porem, não era pega no flagra e o czarevich parecia ficar surdo e cego para esse caso que sua mãe tentava resolver e lhe abrir os olhos e ouvidos. Um interessante acontecido que prova isso foi quando Catarina II tentou expulsa o amnte de sua nora da corte, quase que imediatamente Paulo se pós contra isso e no final ele ficou.
Catarina II, sogra e mãe-de-lei de Natália Alexeievna, por Dmitry Gregorievch Levitsky.


  Depois de trés anos de matrimonio veio a esperada noticia, Natália estava gravida. Mas bateu uma duvida na corte, afinal, quem era o pai? Para Catarina II isso não tinha importância, pois ela já havia passado por isso. Quando era jovem governava a czarina Elizabeth, naquela época vivia seu esposo, o futuro czar Pedro III. Acontece que seu casamento era infeliz e ambos teriam amantes e ela iria engravidar pela primeira vez logo apos iniciar sua relação amorosa com Sergei Saltykov, dessa gravidez surgiu Paulo e ela iria se aproveitar disso para usurpar o trono. Muitos historiadores dizem que Paulo era mesmo filho de Pedro III devido a sua semelhança física. Mas mesmo circulando esses rumores quando ainda era czarevna, a czarina Elizabeth não se importava, pois se fosse um menino saudável seria o sucessor do pai. Então, podemos dizer que ela também não se importaria com a paternidade da criança, somente queria saber de um herdeiro para colocar afrente do próprio Paulo que ela tanto detestava.
  Apos um longo parto, Natália Alexeievna espirou em 15 de abril de 1776 ao dar a luz a um filho natimorto. De acordo com diversos relatos de seus contemporaneos, os médicos se negaram a fazer uma cesariana, o que acabou causando a sua morte. Apesar de ter o desgosto de Catarina II era amada pelos habitantes da Rússia por causa de seus ideais liberais e as pessoas nas lojas em uma referencia a ela e própria czarina dizia: "As jovens morrem; as velhas nunca morrem."

Natália Alexeievna da Rússia, landegravina de Hesse-Darmstadt e Czarevna da Rússia, por Falconet.

  Apesar da vida cheia de luxo, ela foi infeliz, assim como muitas de seu tempo. Foi mais uma vitima dos casamentos arranjados e isso lhe custou a própria vida. Meses depois, ela seria esquecida pelo esposo que se casou com Sofia Doroteia de Württemberg, convertida para a ortodoxia com o nome de Maria Feodorovna, com quem teria uma longa descendencia.
  O fato de ter tido um amante a torna diferente das outras nobres de seu tempo, mas ela usou isso para aliviar sua tristeza e procurar o que lhe faltava na corte russa: amor.